quinta-feira, 25 de abril de 2024

Caridade real

Caridade real

Antônio Cardoso



Toda criatura plasma ou alberga pensamentos novos a todo instante.

Naquilo que te importa mais intimamente, recebes contínuas abordagens mentais, dignas e indignas, e, porque te decides a escolher, és, ao mesmo tempo, como Espírito encarnado, o benfeitor ou o malfeitor de ti próprio.

Se urge estudar a nós mesmos, na esfera das nossas reações, para sanarmos as próprias faltas, a caridade preceitua, igualmente, estudar a alma dos semelhantes, nas tendências que os caracterizam, para servi-los com mais segurança.

Não raro, somos obrigados, em nome da fraternidade, a fazer aquilo a que não nos achamos predispostos no momento, vencendo indisposições, dores e achaques, cansaços e desconfortos. É aí que testemunhamos mais vivamente a caridade pura.

Quantas vezes, embora sem ânimo para conversar, torna-se preciso entabular determinado entendimento por requisição da caridade?

Em quantas ocasiões, apesar da fadiga, é forçoso te entregues ainda a algum sacrifício, caminhando um pouco mais, à face da
caridade que assim reclama?

Quantas horas, não obstante sem qualquer disposição íntima, serás compelido a despender, em servir o próximo nisso ou naquilo, para atender a silenciosa rogativa da caridade?

A caridade real é essa doação de algo pessoal e único que trazemos dentro de nós e que somente nós podemos oferecer.

É o esforço de esquecimento do "eu" para louvar os outros.

É a anulação do direito que nos compete para consagrar o direito de alguém.

É o silêncio de nossa voz para que se faça ouvir uma voz mais frágil que a nossa.

É a luta contra os incômodos pessoais para dilatar o bem-estar alheio.

É a muda sufocação de toda tristeza nossa para acentuar a alegria no coração de outrem...

Se todos somos almas convalescentes, estejamos, no entanto, convictos de que não há mal inextirpável na intimidade do próprio ser.

Estuda fraternalmente as aflições do próximo. Uma criança a chorar, conquanto nos enterneça as fibras mais íntimas, lembra, em qualquer parte, a vida acordando os que se dispõem a sofrer por um mundo melhor, mas já meditaste no pranto de um homem?

O drama de um homem soluçante que nos oferta o espetáculo da própria indigência é um desafio supremo à nossa possibilidade de sentir a tragédia alheia, a fim de remediá-la.

***

Amplia a capacidade de amar desinteressadamente, estabelecendo comunhão espiritual com a Humanidade e alargando os limites emocionais de teu sentimento no rumo da imensidade do amor que vivifica a Criação. Ovelhas em meio de lobos, gazelas entre leões ou pombos diante de abutres, oponhamos a caridade ao ódio, a verdade ao erro e a luz à sombra, onde respirarmos, porque apenas dentro da luta incessante é que promoveremos o triunfo imarcescível do bem, por vozes vivas anunciando a vitória do Cristo de Deus.

Antônio Cardoso por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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O Controle Ético da Moral

O Controle Ético da Moral

J. Herculano Pires



A moral flui da consciência. Toda a experiência vital e espiritual do homem, no decorrer dos processos evolutivos, concentrou-se no princípio inteligente, após o desenvolvimento possível de suas potencialidades, estruturando o intelecto, que é a própria inteligência humana. O centro aglutinador forma o epicentro monádico que estrutura a consciência. Esta reflete em si mesma os anseios naturais de transcendência da alma, que é o espírito individualizado, essência específica do homem. A lei que rege essa essência é a ética, que nas línguas latinas sobrepõe-se tradicionalmente à moral e a controla. Toda a normativa prática da moral é regida pelos princípios teóricos da ética. O conjunto sincrônico ético moral constitui a consciência. A maioria dos homens, pertencente à categoria do homo faber ou homem prático, subordina-se à moral. A minoria intelectual, que forma a categoria do homo sapiens ou dos homens do saber, forma a elite consciente da sociedade, contrabalançada na estrutura social pela subelite prática, ligada ao plano das atividades práticas ou profissionais. Esse é o plano do senso comum ou bom senso, servido pela mente, que é a captadora e disciplinadora de toda a realidade material. A razão é a função organizadora e disciplinadora da experiência nas relações do homem com o mundo, as coisas e os seres. Os impulsos instintivos, a afetividade e a vontade estão subordinados à orientação do senso prático e sofrem perturbações com as possíveis interferências das instâncias superiores, não obstante necessárias ao desenvolvimento total, mas progressivo da evolução humana.

Kardec tomou como medida das situações do espírito o seu maior ou menor grau de apego ao mundo material, como se pode ver na Escala Espírita.

Todo esse esquema é apenas uma tentativa de disciplinar a nossa compreensão do sistema intelecto moral da condição humana na terra. Não devemos torná-lo como esquema fixo, mas como esquematização de estruturas e processos dinâmicos do espírito, principalmente para bem entendermos a significação e a função de todo o ser no processo da vida e particularmente no processo existencial da evolução humana.

O esquema psicanalítico, basicamente formado pelas instâncias do Id, do Ego e do Superego, com seus fenômenos de introjeção e seus complexos, não abrange toda a dinâmica da personalidade. Freud era um desbravador, como Kardec, mas desprovido dos recursos de sondagem paranormal do mestre espírita. Jung, que era médium, teve de romper com ele ante a sua aversão científica aos problemas espirituais. A rejeição violenta e sincrônica da Ciência, da Religião e da Filosofia dos fins do século passado ao Espiritismo, com a cobertura da imprensa e de todas as instituições culturais da época, negou qualquer atenção ao trabalho de Kardec e reduziu o movimento doutrinário a pequenos e esparsos grupos de investigadores anônimos, desprovidos de condições científicas, salvo alguns nomes que foram impiedosamente anatematizados como traidores da Ciência e estimuladores de superstições populares. Em consequência dessa pressão universal, inteiramente apoiada e estimulada pelos poderes oficiais, a Ciência Espírita, coberta de apodos e calúnias, caiu na posição da pedra rejeitada da parábola. Mas era sobre ela, como hoje se vê, que o Edifício Cultural do futuro devia erguer-se.

Hoje, cabe aos espíritas estudiosos, cultural e cientificamente capacitados, aprofundar os veios da mineração kardecista em todo o mundo. Pioneira, inclusive, da investigação e da sustentação da pluralidade dos mundos habitados, a Ciência Espírita abrange a totalidade dos problemas científicos atuais, muitos deles já comprovados pelas pesquisas de laboratório e pelas tentativas de incursões astronáuticas no Cosmos. Se o controle ético da moral funcionar como deve, tentando vencer os preconceitos e a ignorância ilustrada que ainda mantém o seu cerco à expansão e desenvolvimento da Ciência Espírita, ela ajudará os céticos, materialistas, empiristas e pragmatistas da atualidade a vencerem a alergia ao futuro de que fala Remy Chauvin, para o conhecimento urgentemente necessário da verdade espírita nestas vésperas da Era Cósmica. Seria muito difícil e demasiado ridículo, para nós, pisarmos no limiar da Nova Era com a esmagadora carga de incompreensões e resíduos selvagens e mitológicos de que não queremos nos desapegar. Felizmente tem sido cada vez mais frequentes e alentadoras as manifestações favoráveis à cultura espírita em nosso meio cultural, por todo o mundo. Não obstante, torna-se cada vez mais necessária, no meio espírita, a vigilância contra as incursões de criaturas pretensiosas, evidentemente desprovidas do senso de suas próprias medidas, sem aptidões nem conhecimentos suficientes para incursões temerárias no campo científico e cultural em geral em nome do Espiritismo. Essas incursões vaidosas causam mais prejuízos à doutrina e sua pureza do que todas as agressões dos adversários, como dizia Kardec dos adeptos demasiado entusiastas do seu tempo, cujo fanatismo lhe dava muito trabalho. Falta aos espíritas em geral formação doutrinária. Diante do aceleramento atual da evolução científica, eles se conturbam ou se exaltam. Vendo que as proposições espíritas são aceitas de maneira auspiciosa, acreditam-se dotados de uma sabedoria que os sábios não possuem e julgam-se capazes de escrever e divulgar novidades científicas em nome da doutrina. Outros, pelo contrário, se amedrontam com invasões atrevidas, como as da Parapsicologia, no campo dos princípios espíritas, e passam a repelir as contribuições dos cientistas atuais, com autossuficiência de megalomanos. Em contraposição, o mesmo acontece nos meios religiosos, onde padres e frades inscientes, viciados num autoritarismo milenar no plano cultural, atrevem-se a explorar as faculdades de médiuns interesseiros e ignorantes fazendo-se de entendidos num assunto que só conheceram, em toda a sua vida, através das elaborações mentirosas dos meios clericais, destinadas apenas a defender os interesses materiais de suas igrejas. Que os clérigos façam isso, vá lá, pois foram criados, educados e estimulados na ideia de uma falsa autoridade divina, que sempre lhes garantiu a impunidade nas pretensões mais descabidas e a capacidade de ensinar e pregar de cara limpa os maiores absurdos. Mas os espíritas não possuem essa tradição de casta e precisam compreender as suas responsabilidades nesta hora de transição. O espírita que quiser dar um pio nas polêmicas atuais deve primeiro mergulhar no estudo da doutrina em profundidade, mesmo que disponha dos mais importantes títulos universitários ou esteja colocado nas mais altas posições sociais. Os analfabetos ilustres são em regra mais analfabetos que os outros. Precisamos convencer-nos de que, no tocante aos problemas espíritas, estamos todos ainda na escola material. Se formos suficientemente prudentes e despretensiosos para voltarmos a nos alimentar no exuberante seio materno da doutrina, poderemos pelo menos evitar semear joio na seara.

A ética profissional estabelece normas e diretrizes para a moralidade dos consultórios médicos, dos gabinetes dentários, dos hospitais, das bancas de advogados e até mesmo dos confeiteiros e dos joalheiros. A primeira dessas normas exige o conhecimento da profissão. Os espíritas precisam tomar consciência da ética doutrinária, se realmente quiserem ajudar a doutrina na sua expansão necessária. As tribunas espíritas não existem para encenações e exibições de oratória de tipo bacharelesco, mas para esclarecimento das multidões que afluem às instituições doutrinárias em busca de conhecimento e não para se deleitarem com palavrórios retumbantes. A finalidade do Espiritismo é conduzir-nos ao conhecimento da verdade, daquilo que realmente é, e não adormecer-nos com cantigas de ninar nos braços da ilusão. O muito falar pode encher o mundo de palavras, mas se essas palavras não encerrarem conceitos em sua sonoridade, nada mais são do que falatórios de sofistas.

Um pregador espírita novato procurou o velho João Pita, de Matão, para consultá-lo sobre o que devia pregar. Pita rangeu os dentes fortes de português da Madeira, seus olhos brilharam por baixo das pestanas brancas de Papai Noel e ele disse: "Não pregue nem faça discursos. Ensine o que souber, depois de haver lido e estudado Kardec. Fiz milhares de pregações e me arrependo de meus entusiasmos. Na verdade, conversando depois com os ouvintes que me elogiavam, tive a surpresa de verificar que de todos os meus falatórios, só uma pessoa havia aprendido alguma coisa: eu mesmo, que aprendi a conter a língua." Pita tinha razão. De outra feita um amigo e admirador o encontrou na plataforma de uma estação do interior, aguardando o trem. Abriu os braços e exclamou: "Seu Pita, que felicidade encontrar o senhor aqui, um mestre, um verdadeiro apóstolo!" Pita tirou o corpo do abraço e respondeu: "Estás redondamente enganado, amigo, eu não sou um apóstolo, mas uma pústula." De outra feita ainda, falando sobre a dignidade humana, no Centro Luz e Verdade de Marília, disse: "O homem ruim é a pior coisa que existe no mundo. É pior que o pior dos animais. Um boi ruim, arrombador de cercas, que vive chifrando os outros bois, o dono o mata e aproveita tudo o que o seu corpo oferece: o couro, a carne, os ossos, os chifres e até mesmo os cascos. Mas de um homem ruim nada se aproveita. Morto, tem de ser enterrado às pressas para não empestar a casa com o seu mau cheiro."

Nestes apólogos reais transparece o perfil da nova moral que o Espiritismo nos trás. Suas normas rejeitam as complicações e ritos do passado, simplificam os processos da vida, substituem as parolagens pela explicação didática, o formalismo pela naturalidade, os aplausos pelo debate, a hipocrisia dos louvores pela pergunta socrática: "O que é isso?" A moral espírita é objetiva, exige a verdade da prova, põe de molho as revelações fabulosas, não admite a mentira, a hipocrisia, a falsidade nas relações sociais. A verdade é a sua essência, pois é a verdade a moral legítima, que não contradiz a realidade nem transforma o amor em crime e as exigências vitais em vergonha e pecado. Por isso mesmo, o pecado não pertence à sua terminologia. Durante milênios os beatos bateram no peito dizendo: "Nós, pecadores", e continuaram pecando em todos os sentidos. Agora o pecado acabou, desgastou-se no tempo, deixou de existir. A moral espírita obriga o homem a despir-se de seus modismos e de suas fantasias para encarar a realidade face a face e ver a sua própria face no espelho do seu meio social, que lhe reflete os defeitos e as virtudes, os erros e os acertos nas consequências de suas atitudes e do seu comportamento. Ser o que é, não fingir nem tergiversar, essa é a exigência básica da verdadeira moral. Uma assembleia espírita de elogios mútuos e salamaleques não é espírita, será quando muito espiritóide, ou seja, uma falsificação ridícula de reunião espírita. Do contrário, o Espírito da Verdade teria perdido o seu tempo e Kardec a abnegação de toda a sua vida.

J. Herculano Pires do livro:
O mistério do Ser ante a dor e a morte

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Ante a Fé

Ante a Fé

Emmanuel



Naturalmente que a fé em Deus presidir-nos-á todos os movimentos da vida, se nos propomos a avançar com o progresso, à feição da seiva permanente na árvore, a fim de que ela corresponda ao seu nobre destino.

Entretanto, a fé em Deus não pode excluir a fé em nós mesmos.

Não encorajamos aqui as falsas alegações daqueles irmãos menos responsáveis que superestimam os próprios valores, alardeando qualidades de que se mostram distantes, mas sim o equilíbrio das consciências valorosas que não desconhecem os deveres que o mundo lhes conferiu.

Cada alma carreia consigo recursos divinos que é preciso multiplicar, riquezas imperecíveis que é necessário estender.

Eis por que a fé será dinamismo criador do bem de todos ou não passará de enfeite inútil nos lábios.

Se Jesus estivesse circunscrito à fé no Poder Divino, cruzando os braços, em doce reserva nas Esferas Superiores, decerto não teria vindo ao encontro da Humanidade, exemplificando o amor universal que lhe flui de cada lição e lhe reponta de cada gesto.

E se não confiasse no homem, cujas energias interiores veio despertar para a fé em si mesmo, indubitavelmente, não se teria consagrado à obra da redenção terrestre até o sacrifício supremo.

É que não vale acreditar na bondade, sem que sejamos bons, nem exaltar os méritos da justiça sem sermos justos.

Não te detenhas, em nome de Cristo, na adoração expectante daqueles que simplesmente se confiam à inércia.

Vale-te das horas para marchar, com o tempo, no rumo da Luz Perfeita.

Mobiliza as possibilidades de que dispões, acorda e vive, sabendo que acordar é compreender e viver é lutar pela própria ascensão.

Estuda, trabalha, progride, renova-te e aperfeiçoa-te.

Se aspiras a conquistar a intimidade do Cristo não te imobilizes na ilusão.

Lembra-te de que o Mestre colocava ênfase expressiva ante cada enfermo recuperado, exclamando convincente:

-"A tua f é te curou".

Nenhum dos beneficiários de seu amor chegou a restaurar-se sem os talentos da fé positiva e justa, em cada um deles entesourada.

Não te esqueças, ainda, de que se o Senhor proclamou que "a fé transporta montanhas", também nos advertiu:

-” Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres".

Reconheçamos: para que a nossa fé não se aprisione nas grades do fanatismo é indispensável que discernimento nos auxilie a caminhar.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Seguindo Juntos

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terça-feira, 23 de abril de 2024

Não violentes

Não violentes

Lancellin



Não deves violentar o que for tocado por ti, em nenhuma circunstância.

Procura estudar todos os casos com que te defrontas em teus caminhos, pois todos eles têm soluções nas pautas das tuas atividades.

Na forja dos teus pensamentos, não devem existir agressões. A mente é, pois, um terreno sensível onde os cuidados não podem faltar. Sê parcimonioso nos tratos com as tuas próprias ideias.

O campo de força mental é divisível em equações inumeráveis que a própria ciência desconhece na atualidade. Tal sabedoria não passa desapercebida pelos grandes místicos. Eles são familiarizados com a gênese dos pensamentos e as formações das ideias.

O que se torna difícil para um iniciante nos corredores da mente, eles alcançam com facilidade, arrancando, pela raiz, os sentimentos indesejados que, por vezes, queiram brotar na profundidade do ser.

O sábio, na originalidade do santo, trabalha sem participação agressiva dos sentimentos inferiores e busca condições em si mesmo para a paz de muitos. A violência é produto da ignorância. Todo espírito incapacitado para tais ou quais trabalhos internos alia-se à violência, agredindo quem quer que seja, mostrando que tem, sem perceber, o pior.

O Espírito superior não se ofende com ataques exteriores. Ele comunga sempre com a paz de consciência, sem impor condições a ninguém. Ajuda em silêncio a todas as criaturas na libertação de cada uma.

A alma que ama sem exigências não maltrata a quem quer que seja. Conhece a evolução de cada coisa e de cada um, respeitando seus direitos e dando-lhes forças para cumprirem seus deveres. O escandaloso é aluno das trevas e veste a roupagem das sombras, de fácil identificação. O ser de bem é educado e faz questão da autodisciplina em todos os seus atos.

Procura a vida reta, sem agredir os que ainda não salientaram virtudes, sem a algazarra da vaidade e sem a prepotência do orgulho. Quem deseja mostrar aos outros o que é, aquilo que está conquistando de bom, ainda não se cientificou das leis de comportamento, porque quem prega a própria conquista, na realidade duvida dela. A quem já alcançou a graça do perdão, basta viver perdoando, sem pensar em anunciar isso, porque a natureza se encarrega do reconhecimento e Deus sabe ler em silêncio o que cada um está fazendo na vida. A mentira que forjamos sobre nossas falsas virtudes nos deixa um saldo de inquietação, frustrando nosso comportamento. Jesus já dizia: que a vossa mão esquerda não saiba o que faz a vossa mão direita...

Nas linhas da iniciação cristã, somente quem não compreende são os cegos e surdos de entendimento. Não violentes teu companheiro impondo a ele tuas ideias. O exemplo é escola suave que modela a fraternidade de acordo com a criatura e o silêncio agrada a todos, quando é aproveitado com amor. A agressividade nasce dos distúrbios dos sentimentos e da desarmonia do coração.

Sê benevolente e manso, cordial e prestativo, que vestirás a roupagem da paz, distribuída pelas leis de Deus, que palpitam no coração do Universo.

Lancellin por João Nunes Maia do livro:
Cirurgia Moral


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